domingo, 28 de dezembro de 2008

Sentimento de culpa



Quem de nós nunca conviveu com este sentimento? Porque a culpa sempre foi ( e de quando a quando ainda me faz cócegas) algo presente na minha vida, decidi reflectir sobre isto hoje.
Culpa porque não se esteve ao pé de alguém quando ( consideramos nós) esse alguém mais precisava, culpa porque se comeu de mais, culpa porque em vez de se estudar para o exame X passámos o dia de mãos nos bolsos a passear sem destino nem causa, culpa porque não dissemos as palavras certas na hora certa, culpa porque não fomos o que queríamos ter sido ou o que os outros queriam que nós fossemos.
Pois aqui vai a definição da wikipédia: "O sentimento de culpa é o sofrimento obtido após reavaliação de um comportamento passado tido como reprovável por si mesmo. A base deste sentimento, do ponto de vista psicanalítico, é a frustração causada pela distância entre o que não fomos e a imagem criada pelo superego daquilo que achamos que deveríamos ter sido".

Superego. Keyword. Pelo menos, para mim. O desejo de agradar os outros, de ser o que os outros esperam de nós, de viver segundo o seu ritmo e a sua vontade. E pior ainda é quando acreditamos que agimos segundo os valores que temos para nós como certos e ainda assim, pedimos Desculpa. É um contacenso entediante e potenciador de ansiedade no viver. É como se quando a nossa vontade vai contra a vontade alheia, a culpa seja o resultado dessa subtracção que apresenta como resultado final um ego aniquilado.

Porque a ética tem que gerar culpa? Porque para que haja arrependimento em relação à acção ou inacção muitos tropeçam infinitamente na culpa? Porque é a culpa castradora? Convido-vos a reflectirem nisso e a deixarem de acumular esqueletos no armário. Aceitem-se na virtude ou no erro do momento. A culpa termina onde começa a aceitação da imperfeição.

12 wake ups:

Anónimo 28 de dezembro de 2008 às 21:18  

Achei este texto muito bom. Não poderia definir melhor esse sentimento que a mim também me faz cócegas. Acho que é precisamente por não querermos experienciar mais uma vez o sentimento de culpa que muitas das vezes agimos de uma outra forma supostamente mais correcta. Não vejo a culpa como algo negativo mas sim como uma forte oposição a determinados actos desmedidos que, a serem praticados sem qualquer avaliação, poderiam vir a ser bastante prejudiciais. O problema surge quando o evitar do sentimento de culpa nos despersonaliza e nos leva a tomar atitudes com as quais não nos identificamos ou com as quais não concordamos. Ainda assim, com peso e medida, acho que ninguém deve fazer tudo o quer pois o mundo estaria entregue aos caprichos e se a culpa minimizar as probabilidades de isso acontecer tanto melhor. Todos carregamos culpa disto e daquilo o que significa que temos poder de escolha... Faço sentido? Se não fizer a culpa é toda minha.:-) Enfim, somos todos culpados até prova em contrario.

susana 28 de dezembro de 2008 às 21:25  

Porque a culpa nunca morreu solteira não é Homem de Lata?:) O que eu quis mostrar é que a culpa não pode ser limitadora. Tudo tem uma função na vida e a culpa certamente tem a sua. Mas quando cai numa forma de vida, num reflexo do nosso ser é pecaminosamente cortante das nossas potencialidades. Adorei o teu comentário!
Beijinhos su

Isa 28 de dezembro de 2008 às 22:53  

Obrigada pela visita :)

Bom ano ;D

Kiss*

DANTE 28 de dezembro de 2008 às 23:12  

Aprende-se com os erros que se cometem ao longo da vida. Se bem que , a culpa , não terá que ser forçosamente um sofrimento , como se lê na wikipédia , de certa forma acho que até é uma dádiva , tendo em conta que senti-la significa que temos consciência dos nossos erros.

Jokas Susana :)

susana 28 de dezembro de 2008 às 23:38  

Dante: eu falo do sentimento de culpa como um sentimento arrastado no tempo. Não falo da culpa como algo pontual. A culpa tem a sua função. Mas vivermos na culpa, e assumi-la repetidamente como estilo de vida é que está errado.
Um beijinho para ti e obrigada pelo comentário. E sim adorei a tua serra da estrela!
su

Sam 29 de dezembro de 2008 às 13:17  

Por isso é que só há uma coisa fixe em gaijos com eu : Faço e digo o que quero, quando quero, as vezes que quero, da forma que quero...sem culpas, sem trêtas...deu trabalho, mas cheguei lá : Sou LIVRE!

the reason is you 29 de dezembro de 2008 às 13:48  

Gostei.

Nilson Barcelli 29 de dezembro de 2008 às 17:30  

Escreveste um excelente texto.
Não será a cura, mas ajuda muito a refletirmos acerca do sentimento de culpa que temos e que por vezes é infundado.
Um óptimo 2009 para ti.
Beijo.

Anónimo 29 de dezembro de 2008 às 20:04  

Uma bela reflexão sem sombra de dúvida! Deixa-nos a pensar... Happy 2009

Nuno 30 de dezembro de 2008 às 11:13  

Sabes Susana, o ser humano, por mais racional que seja, ainda baseia muitas duas acções no instinto, aquela coisa inata que todos os seres vivos têm. Muitas vezes, o instinto sobrepõe-se à razão. Como se sabe, nem sempre o instinto é racional e é isso que nos faz reagir de uma forma que, mais tarde, se revela menos adequada. Se não fosse a capacidade que temos em reflectir nas nossas acções e avaliar o impacto que elas tiveram, não haveria sentimentos de culpa. Tal como, provavelmente, não haveria se a razão fosse mais forte que o instinto.

Vale-nos a capacidade de pedir desculpa, de reconhecer que erramos e de tentar remediar os nossos erros. O orgulho é também uma das nossas características e um dos factores que nos influencia o comportamento. É bom reconhecer as nossas limitações e, com elas, aprendermos a ser mais tolerantes aos erros dos outros.

Um beijo,
Nuno.

susana 1 de janeiro de 2009 às 23:15  

Sam: Só há uma?? Só uma ??' Tens mesmo a certeza Sam?? Pensa bem:) ehehehe

the reason is you: Obrigada pela tua visita!Volta sempre:)

Nilson Barcelli: Um óptimo ano para ti e aguardo mais poesia tua:)

Nuno Miguel: Obrigada!

Nuno: Sabes Nuno... eu acredito que desvalorizamos demasiado o instinto. Se o temos para alguma coisa ele serve.:)

Um beijinho para todos e peço desculpa pelos comentários atrasados

Nuno 2 de janeiro de 2009 às 11:14  

Claro que sim. O instinto nem sempre nos faz agir de forma errada, antes pelo contrário!

Um beijo,
Nuno.

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