quinta-feira, 30 de abril de 2009

Faça o Pino

Faça o Pino. Resposta dada perante a minha explicação face a uma dificuldade perante um dos meninos com quem trabalho e que precisa, indubitavelmente, de uma intervenção urgente e individualizada. Faça o Pino. Depois de descobrir que o meu salário é substancialmente menor do que todos os colegas na mesma categoria que eu. Faça o pino. Depois de por ter falto 3 dias me descontam uma enormidade. Faça o Pino. Depois de eu quase não ter vida pessoal por estar a trabalhar num autêntico manicómio ( sim, já não existem manicómios, é para veres quão débil e antiquado é o sistema em que trabalho). Faça o Pino. Vou fazer mesmo, para não se ouvir o berro tão grande que estou prestes a dar. Odeio o sistema em que vivo. Não pertenço aqui. E eis que entra a palavra que menos gosto de usar: Odeio. Hoje sinto-me assim, rebentada. Estilhaçada. E sem colo onde me deitar. Hoje sinto-me triste. Triste por ser tão dificil mudar o mundo em que vivemos. E por esse caminho ser tão solitário e incompreendido.

terça-feira, 28 de abril de 2009

E Puff! (Des) Fez-se o chocapic!


Existe no cérebro de cada um de nós um enorme campo de cereais, pronto a crescer e a germinar prosperamente. Todos nós o temos. São terrenos, grande maioria das vezes, vastos e planos.
Depois há quem os regue. Quem trate deles, quem semeie a cada nova temporada um novo tipo de cereal. Sim, porque também a terra precisa de criatividade para prosperar. E esses agricultores são o fortes e determinados e trabalham afincadamente em dias de chuva ou de sol. E como riqueza, gera riqueza, a eles tornam novas mãos, muitas vezes mais fortes e mais ávidas de viver. Sim, porque todos temos a nossa Primavera da vida.
Depois, existem os outros campos. Frios, inóspitos, de terra batida e vazio. Nem com o sistema de rega automática, contornam a situação. Afirmam ter herdado aquele terreno nem sabem bem porquê e têm muito mais ( dizem eles) o que fazer, ignorando a riqueza mesmo à mão de semear, à espera de ser exponenciada. Deixam-no ao abandono e partem para espaços urbanos deseindividualizados, onde não já tudo está construído e organizado e onde apenas precisam conhecer a sinalética das ruas por onde passam, em fila.
Poderia falar muito mais acerca desta profunda realidade agrónoma... mas.... fico-me por aqui. Só vos posso dizer que a lógica desta dualidade é simplesmente resumida com: E Puff! ( Des) Fez-se o Chocapic! Semeiem. Os cereais nem são o mais importante. Às vezes as maiores aprendizagens não estão na meta que se alcança, mas no caminho que se percorre.


p.s: "Forte em Chocolate!"

domingo, 26 de abril de 2009

Mala


Eu trago uma mala na mão. Daquelas grandes e antigas que trazem dentro borboletas, pós mágicos, arco-íris e bolas de sabão. É uma mala de cabedal, com um fecho daqueles antigos em que, distraída, muitas vezes, na ansiedade de a fechar ou de a abrir, entalo os dedos. Dentro da minha mala, cabe o meu mundo. Sigo o meu caminho sempre com ela na mesma mão. Há dias em que me pesa mais e me marca as mãos, me causa dor. Outras é leve e divertida. Umas parece um apêndice de mim, outras é o meu prolongamento e somos Unas.
Certas vezes, quando sozinha comigo estou, abro-a e fico a olhar-lhe o fundo que nunca encontro, e não pensem vocês que é amadorice minha! Ponho o braço dentro dela e não lhe toco o forro e sempre que a invado com a minha curiosidade eterna, ora brilham estrelas, ora alto vai o sol! Às vezes também chove e eu deixo-a semi-aberta, encosto-me sobre ela e adormeço ao som da chuva miúda ou da trovoada. Levo o meu mundo todo dentro dela. Todos os dias, todos os sentimentos, todas as paisagens e todas as caras que não me lembro de conhecer com o olhar, mas que algures sinto com o coração. E sou uma espécie de Mary Poppins a voar por aí, a partilhar a minha bagagem com quem comigo se vai cruzando. E porque a vida é bela e cheia de sentido na sua absurdidade ( Arnaud Desjardins), eu vou aprendendo a ser feliz com aquilo que encontro nela, porque ela nada me dá, vive para além de mim.

sábado, 25 de abril de 2009

Será que sou só eu que me lembro disto?

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Meditar


Silenciado. Meditado. Isso é o que eu tenho feito nos últimos dias. Implica esvaziar-me de mim. Dos medos, das ansiedades, dos bloqueios, das expectativas. Tenho-me afastado de mim. Do olhar-me a mim mesma nos olhos, tenho-me esquecido que o caminho para os outros, tem-me a mim como ponto de partida e eu não me esgoto em ninguém. Já aprendi essa lição, para voltar a ter que aprendê-la. Ou talvez seja presunção minha. E tenha-a que aprender mais vezes, vezes sem conta, até finalmente percebê-la na totalidade.
Então aqui estou eu a aprender a pairar a um nível superior a essa realidade. A um estado de equilibrio e de simplicidade. Mergulhar numa rotina de encontro comigo mesma. Uma forma de estar. Meditar é essa desfocalização ou, por conseguinte, focalização no objectivo real e consciente: aprender no silêncio de mim a essência que me constrói. E como as palavras para mim não podem ser ocas de mim, este meu silêncio diz mais do que todas as palavras que eu poderia ter aqui deixado, no estado de ausência a que me votei. Voltarei sempre mais cheia. Cheia de mim, do mundo, de amor e de verdade.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Ensinamento do dia: Quando o menos é mais.


Gosto das coisas que ficam por dizer, normalmente são as que ficam para sentir.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Esta miúda nasceu aos sete meses e numa incubadora


Pois é... é a frase que melhor retrata a minha estadia no novo trabalho e que finalizou um dia de excelência, ou não... depois de as dores de garganta voltarem outra vez, como prenda do coelhinho da Páscoa ( eu sempre o vi como uma personagem cruel e sádica), pior do que a primeira ao ponto de quase não conseguir respirar, lá veio hoje a injecção de penicilina... resta que tudo corra bem... pois nunca levei injecções de penicilina na vida. Ah... e para quem não gosta da minha voz... tenho estado muitooooo caladinha. Mas os miúdos adoraram os meus gestos e descobri que os meus pais não têm jeito nenhum para linguagem gestual, bolas!, 5 minutos para perceberem que desejo uma perinha cozida! ( 5 minutos em tempo psicológico;)).
Resumindo... mais uns diazitos assim...


segunda-feira, 13 de abril de 2009

Finalmente


Nada pode expressar melhor o que sinto...

domingo, 12 de abril de 2009

Se há música que me faz lembrar a adolescência

... é esta!


Eis uma das variantes da banda-sonora das idas a pé para a secundária, do montão de livros nas mãos, da mochila cor-de-rosa com o elefante pendurado, dos óculos de armação grossa, das camisolas largas, dos poemas escritos nas capas dos livros, dos (des)penteados toscos e do andar desajeitado. Tinha aquela atitude anti-social, arredia do mundo, amava filosofia e discutia-a ferverosamente, dava aulas de História quando a professora não estava, explicações aos colegas e entrava nos quadros de excelência da escola. Portanto, reunia todas as condições para NÃO ser popular. E não era:) E, por vezes era feliz, e não sabia.
E já lá vao quase 10 anos.

sábado, 11 de abril de 2009

Há muito em mim que não és tu


Estou aqui sentada. A olhar o que já foi. O que não ficou. Convivem em mim duas Susanas. A esperançosa e a resignada. A esperançosa não que os dias já idos retomem, mas que os novos dias sejam preenchidos por nós. A resignada, ciente de um futuro de que sei que jamais faremos parte, juntos. Não me viste, enquando estava aos teus pés. Noutras vidas, noutras horas, noutras dimensões, eu fui lá estando e agora só adio a hora de voar em debandada. A (in)sensatez que me fez não baixar a guarda com ninguém, mesmo quando há tanto deixaste de lutar, é cada dia mais ténue... e as palavras que recebes minhas serão lembranças, num qualquer dia destes mais agreste.
Já estou a partir no meu cavalo branco. Falta-me tão pouco para começar a trotar. Sem rumo, mas num passo certo e seguro.
E sem arrependimentos partirei, levando todo o s beijos, os abraços e o amor que me soubeste dar, mas tão certa que há muito mais em mim que não és tu.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

POR FAVOR


Quando forem a um qualquer take away não usem o papel que está nos tabuleiros! A maior parte da comida já vem embalada - sejam as sopas, as sandes, as saladas -. Sim, é verdade, algumas vezes irão olhar-vos como se fossem aliens - ainda hoje me aconteceu - mas a vossa consciência ecológica limpa esses pequenos traumas.
A mudança está nos pequenos pormenores.
Sim aos tabuleiros sem papel!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Porque as cores não têm sexo


Esta é uma das frases que mais uso no meu dia-a-dia. As cores não têm sexo. Ele é porque o copo é azul e eu sou menina, portanto é mais que lógico que o copo seja cor-de-rosa. Ele é porque as cuecas são desta cor e deviam ser assado. Ou é porque Sou menino e cor-de-rosa no meu desenho não entra. E eu repito: As cores não têm sexo! Agora que me ando a centrar na igualdade de género, tudo isto me faz cada vez mais sentido. A educação para a cidania é algo que se faz desde sempre e em pormenores tão pequenos e na mudança de pre-conceitos tão enraizados, que acaba por muitas vezes nos passar ao lado. E como há coisas que se aprendem de pequenino, vou-lhes dando na cabeça com esta e outras que tais.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Eu tenho uma sorte inexplicável!

Deixo o meu telemóvel no barco, dou por isso quando me lembro de por o despertador para o dia seguinte, corro todos os serviços de apoio ao cliente e hoje quando chego ao barco onde deixei o aparelhómetro surge-se-me um dos senhores da tripulação a rir e com ele no bolso. Ainda bem ,que sou uma grande sovina no que se trata de gastar dinheiro em telemóveis. Ele há pessoas fantásticas, não há?

terça-feira, 7 de abril de 2009

Se há música que mexe comigo...

e que me aquece os sentidos... é esta:

Os remendadores de esperança


Deviam existir os remendadores de esperança. Ágeis, estatutos, perspicazes no levitar do outro. Uma espécie de gurus da esperança ou do caminho para ela. Se há coisa que me preocupa e que me dói é mergulhar num olhar vazio e com falta de esperança. Como é possivel que uma criança afirme que nada vai mudar e que os adultos não mudam nunca. Eu contradigo-a. A ela e a todos que ousem afirmar algo congénere. Eu acredito no futuro. E ainda acredito nas pessoas. Mas acima de tudo acredito em mim e na minha capacidade responsável para partilhar dessa mudança. É isso que tento passar todos os dias. Somos nós os verdadeiros portadores do caminho para a esperança, somos nós os responsáveis por uma parte dessa mudança. Coisas más existirão sempre à nossa volta, más escolhas, maus timings mas é sempre possível ser mais feliz. Recuso-me a acreditar no inverso. E sinto-me assim como uma remendadora de esperança.

domingo, 5 de abril de 2009

A nossa caixa de email tem coisas surpreendentes!

Esta semana recebi no email a seguinte mensagem:

"
Cara Susana
serve este curto mail, para agradecer os momentos de reflexão a que obrigou
este humilde e retribuo com um post, ao invés dum comentário avulso,
no meu blog, que convido a visitar...
Muito curioso, ainda mais... você tem o nome da minha Santa Sogra...
bom sinal!!! Se todas as Susanas deste mundo são assim, que venham de
lá mais!
Até breve, e um grande abraço (que é uma das melhores coisas do mundo!)
deste lado de Portugal
Até breve...
Leonardo B.
Bizarril"

E pronto fiquei feliz, é sempre bom saber que alguém anda a ler coisas que já escrevemos há tempos e julgamos que estão arquivadas e são palavras lançadas ao vento. E mais a mais fiquei aa saber que existem sogras chamadas Susana... uma realidade estranha...Já agora visitem aqui. Vale a pena.

Eu e a minha vida amorosa ( ou... a falta dela)

Ontem lá tive a saida das meninas e acabámos por ir ao cinema ver " He's just not that into you". E dei por mim a pensar na minha vida sentimental ( ou na falta dela) e no quão deprimentes e divertidos têm sido estes dois anos. Passados dois anos do final da relação que mais me marcou, por ser a primeira, por ser a mais longa ( foram quase 5 anos da minha vida), eu mudei. Das minhas amigas, sempre fui catalogada como a mais romântica e a que, segundo elas, casaria e teria filhos mais cedo. Sempre fui aquela que preparava as surpresas mais mirabolantes para o seu mais-que-tudo, que se metia nas situações mais hilariantes nos encontros amorosos e que passava os dias a sonhar alto ou som de músicas românticas. Foi a fase das paixões platónicas. Eram tão simples. Lá ao longe. Depois assentei, concretizei, amei, dei tudo o que tinha e o que não tinha. Porque tem que ser assim para se crescer, para se perceber que as relações são feitas de equilibrio e não de excessos. Depois fiquei sozinha e percebi que sou uma óptima companhia de mim mesma. E os encontros sucedem-se. Pessoas muito interessantes, outras nem por isso. Já tive daqueles encontros apaixonantes e daqueles em que tive que telefonar a alguém para me salvar. Já me fartei de rir e já vim triste para casa. Já passei horas a olhar para um telefone e ele não tocar, já me telefonaram e já respondi uma semana depois. E esmiuço as pessoas e os defeitos, e estou sempre um passo à frente nas palavras e nos gestos. É também tão mais fácil assim. E ontem estava a pensar que isto é paranóico da minha parte. Porque continuo a sonhar, mas cada vez menos. E corto todas as possibilidades que tenho de me surpreender com a vida. E são processos tão inconscientes que quando penso já fiz. E assim sou acusada de dar tampas e de ser insensível. E é verdade. E não é verdade. Só tenho receio de voltar a amar, de tudo encaixar, de estar tão perto e depois tudo se desvanecer.
Conclusão: as filmes românticos para mim são tudo menos light. Além de me fazerem chorar, põem-me a pensar. Exactamente o efeito contrário do que para que são prescritos. E ainda sou ridicularizada pela lágrima fácil. Dam it. Não me apanham numa destas tão cedo.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Os pequenos prazeres da vida


Ainda a aperfeiçoar a kilometragem versus o tempo dispendido em viagens, ontem tive a oportunidade de andar num electrico dos antigos. Era algo que não fazia há anos. Pouco andei de electrico e muito menos nestes antigos. E foi uma experiência maravilhosa. Os bancos em pele, brilhantes e acolchoados, o espaço a cheirar a antigo, as janelinhas e Lisboa menina a voar-me pelos olhos dentro. Foi bom. Foi pacificador. Fez-me pensar que há pequenas coisas que apagam os grandes dissabores da vida. Ontem ia sendo despedida. Porque os climas organizacionais viciados e autocratas não têm por hábito gostar de ar fresco. Consegui fazer-me ouvir mas agora debato-me com os meus valores morais versus a minha responsabilidade para quem eu realmente trabalho: as crianças. Estas semanas têm sido complicadas não tanto pela falta de tempo para mim e para quem eu gosto mas porque apesar de eu ainda acreditar que a humildade e a transparência são principios base, sei que isso me irá sempre dificultar a vida. Ontem venci uma batalha, não sei quem ganhará a guerra. Eu gostava que fossem elas: as crianças. Chego neste momento ao cais e espero que um electrico destes antigos me leve a casa. Com Tonny Bennet nos ouvidos, Lisboa menina moça a brilhar no escuro e os bancos em pele castanha lá sigo eu para o conforto dos lençóis.

Ausência


Serve o seguinte post, para informar os estimados leitores e relembrar a menina que faz a manutenção do presente blog, de que o tempo escasso não é razão suficiente para se esquecer de fazer o que lhe dá prazer.
Após a presente chamada de atenção, aguardamos a devida manutenção ao espaço em causa. Sem mais, por hora.
Obrigada.

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