Mala
Eu trago uma mala na mão. Daquelas grandes e antigas que trazem dentro borboletas, pós mágicos, arco-íris e bolas de sabão. É uma mala de cabedal, com um fecho daqueles antigos em que, distraída, muitas vezes, na ansiedade de a fechar ou de a abrir, entalo os dedos. Dentro da minha mala, cabe o meu mundo. Sigo o meu caminho sempre com ela na mesma mão. Há dias em que me pesa mais e me marca as mãos, me causa dor. Outras é leve e divertida. Umas parece um apêndice de mim, outras é o meu prolongamento e somos Unas.
Certas vezes, quando sozinha comigo estou, abro-a e fico a olhar-lhe o fundo que nunca encontro, e não pensem vocês que é amadorice minha! Ponho o braço dentro dela e não lhe toco o forro e sempre que a invado com a minha curiosidade eterna, ora brilham estrelas, ora alto vai o sol! Às vezes também chove e eu deixo-a semi-aberta, encosto-me sobre ela e adormeço ao som da chuva miúda ou da trovoada. Levo o meu mundo todo dentro dela. Todos os dias, todos os sentimentos, todas as paisagens e todas as caras que não me lembro de conhecer com o olhar, mas que algures sinto com o coração. E sou uma espécie de Mary Poppins a voar por aí, a partilhar a minha bagagem com quem comigo se vai cruzando. E porque a vida é bela e cheia de sentido na sua absurdidade ( Arnaud Desjardins), eu vou aprendendo a ser feliz com aquilo que encontro nela, porque ela nada me dá, vive para além de mim.
Certas vezes, quando sozinha comigo estou, abro-a e fico a olhar-lhe o fundo que nunca encontro, e não pensem vocês que é amadorice minha! Ponho o braço dentro dela e não lhe toco o forro e sempre que a invado com a minha curiosidade eterna, ora brilham estrelas, ora alto vai o sol! Às vezes também chove e eu deixo-a semi-aberta, encosto-me sobre ela e adormeço ao som da chuva miúda ou da trovoada. Levo o meu mundo todo dentro dela. Todos os dias, todos os sentimentos, todas as paisagens e todas as caras que não me lembro de conhecer com o olhar, mas que algures sinto com o coração. E sou uma espécie de Mary Poppins a voar por aí, a partilhar a minha bagagem com quem comigo se vai cruzando. E porque a vida é bela e cheia de sentido na sua absurdidade ( Arnaud Desjardins), eu vou aprendendo a ser feliz com aquilo que encontro nela, porque ela nada me dá, vive para além de mim.
8 wake ups:
Acredita que tu és a Mary Poppins incarnada, na vida real! Quem consegue trazer o perfume dos sonhos e da inocência como tu consegues, deveria ser capaz das maiores magias a acompanhar...
Um abraço daqueles! :)
Su, esse sentimento de dádiva, de partilha, fazem de ti um ser extraordinário que "transpira" felicidade.
Quem dera que todos nós carregássemos um a mala e tivéssemos a capacidade de ir distribuindo as pequenas felicidades que no seu todo fariam um mundo feliz...
Beijinho
Su,
és uma das pessoas mais transparentes e verdadeiras que conheço pelos blogues que leio. Demonstras o que ralmente és.
E retiraria isto: "eu vou aprendendo a ser feliz com aquilo que encontro nela [a vida ], porque ela nada me dá, vive para além de mim."
Lindo. Surpreendes-me sepre.
Beijinhos amigos de boa semana e obrigado pelo comentário, mas isto nao é uma troca de galhardete. É mesmo o que sinto. Se penso saber, estás numa fase de amadurecimento, de "zen", de silêncio mas nao solidão como quem contempla e soprri. É o que deduzindo e lendo dos teus posts. E irradias uma enorme serenidade...
belo texto, cheio de magia e sonho... gostei muito, vou estar atento!
(www.minha-gaveta.blogspot.com)
Su,
tão bonito!!
beijinhos e abraços
Todos temos uma mala onde carregamos o nosso mundo. O segredo é saber conviver com o seu interior, saber esvazia-la de pesos mortos enquanto a enriquecemos com sorrisos renovados!
Caramba! Essa tua mala é bem melhor que a do Sport Billy.[Aqui entre nós, esse texto foi tirado da malinha. (: ]
Gostei! :) Não metas o tijolo na malinha como no Duarte e Companhia! Lol
Enviar um comentário