A arte de (des)conversar
- Sónia: Estás com fome?
- Luís: Não. (breve pausa)
- Sónia: Só pensas em ti!
- Luís: O quê? De que é que estás a falar?
- Sónia: Estou esfomeada e tu estás-te borrifando!
- Luís: Claro que não! Se tu querias parar para comer, porque é que não me disseste?
- Sónia: Eu disse-te! Porque é que nunca ouves o que digo?
- Luís: Existe um bom restaurante Italiano numa rua aqui ao pé. Vamos lá jantar.
- Sónia: Não vale a pena! Já não tenho fome. Leva-me para casa.
Encontrei isto pelo meu vadiar pela net e resolvi colocá-lo aqui. De facto este diálogo deve parecer familiar a muito boa gente. Quantas vezes dizem uma coisa e os outros ouvem outra? Eu acho que o desconversar é uma arte infantil para mostrar o quanto estamos zangados com o mundo e com os outros. Um descarrilamento de frustrações acumuladas. A procura de um bode expiatório - que normalmente está mesmo ao nosso lado, vejam lá que sorte!- para o que sabemos que não podemos colocar sobre as costas de mais ninguém. Eu assumi a minha culpa: já desconversei, mas também já me deixei disso. Agora canalizo as frustrações para algo positivo:) às vezes é dificil mas com um bocadinho de esforço tudo se consegue - lá dizia o outro-. Deixem lá os outros e cuidem mas é de vós. E já agora troquem as palavras azedas pelo mimo. Não há nada melhor do que mimo pelo mimo.
Eu voto nisso e vocês?
2 wake ups:
Totalmente familiar! :P
Ao fim de algum tempo, e depois de algumas tentativas menos bem sucessidas, descobri o remédio santo para a "desconversação": Deixar a pessoa desconversar sozinha. É um mimo de eficácia!
Podemos também dizer algo como "hã hã" enquanto se pensa no sabor do próximo gelado a comer. :P
Por acaso... o "hã, hã" e aquele ar de quem está muito compenetrado na conversa não nada má estratégia:)
Obrigada pela visita
Su
Enviar um comentário