quarta-feira, 4 de março de 2009

A minha relação com Deus é Amor

A minha relação com Deus é Amor. É Amor naquilo que sou, naquilo que vejo, naquilo que transformo e no que o mundo me transforma. É Amor naquilo que encontro no fundo do olhar de quem comigo se cruza, na forma como cada um se manifesta perante mim. Como cantam, abraçam, pintam, escrevem, sonham, fotografam, riem, materializam. Deus é Amor. Amor é Criatividade. E a minha relação com Deus passa pela capacidade que eu tenho criar. De criar com Amor. De criar com tudo de mim. Com todo o potencial com que nasci. De dar, de dar, de dar. E de receber. É osmose. Eu sou Criatividade. Eu Sou, porque Ele vive em mim. Ele Deus. Ele Amor. Ele Criatividade. Com toda a força que quando eu o souber abraçar na totalidade serei una com ele e una com o mundo, com o universo, com toda a fonte de criação. Quando eu souber usar esse dom que é Amar e Amar em toda a plenitude, saberei sem qualquer dúvida, sem qualquer tremor: que Eu Sou. Porque eu sou Amor e sei que sou muito, mas mesmo muito amada. Principalmente no erro. Por Ele. E é isso que ele, Deus/ Amor/ Criatividade me ensina todos os dias, que todos somos um. Que todos somos amor. Que a nossa essência é Amor e que em todos nós vive a divindade. E, por sua vez, na divindidade a unidade.
Nada serve de intermédio entre mim e Ele. Só eu. Só as minhas limitações nos cruzam. Nenhuma igreja, nenhum homem, nenhum ensinamento. Eu vivo-o dentro de mim. Escolho-o assim. Vivo-o em cada criança, em cada sorriso, em cada abraço, em cada lágrima seca, em cada gesto de amizade. Só ainda não aprendi a aceitá-lo em cada gesto que indigna, que magoa , que corta fundo, que me rasga os adentros. Mas esse é o meu Objectivo. Atingir a capacidade de amar incondicionalmente. E viver, e criar, criar, criar. Em mim e nos outros. A minha relação com Deus é Amor. Que o seja com todos os que não amo.

18 wake ups:

Anónimo 4 de março de 2009 às 10:59  

Eu prefiro procurar uma explicação racional para tudo e acreditar que aquilo que eu não compreendo se deve a uma limitação minha. Existem tantas coisas que a ciência hoje consegue explicar e que há menos de cem anos era considerado divino… Não tenho, sequer, a pretensão de que um dia a humanidade, e muito menos eu, venha a ter capacidade de entender todo o universo. Penso que a inteligência está limitada pela capacidade do cérebro, assim com a memória do computador sofre das limitações do “chip” que lhe colocaram. Não condeno nem critico quem pensa de modo diferente mas eu prefiro pensar que não existem deuses, porque se existissem e fossem infinitamente bons e omnipotentes, como nos querem fazer crer, então teriam muitas contas a prestar à humanidade.
Eu vejo os olhos daqueles inocentes que morrem de umbigo espichado pela fome e não consigo ver nenhum deus. O que vejo é a desesperança total, a resignação perante a miséria e a morte provocadas pela ganância.
Talvez esse tal deus esteja mesmo dentro de nós. Talvez a humanidade ande enganada, em busca de deuses que lhe resolvam os problemas, quando ela, humanidade, tem dentro da cabeça a ferramenta, o deus que lhe permite mudar o mundo.
Talvez seja essa a mensagem que tu pretendes fazer passar e seja eu que não tenha entendido bem.

Beijinho.

PB 4 de março de 2009 às 11:45  

Gostei do texto e faz pensar um bocadinho. Dar-te-ei uma resposta mais tarde!
Beijinhos

Cor do Sol 4 de março de 2009 às 13:49  

Apesar de eu fazer parte da Igreja, em que não acredito como instituiçao, acredito nela e em Deus como amor que é. Por isso, para mim tudo o que faço dentro dela e por Deus, que para mim se traduz nos outros, com quem crio laços, também é amor :)

Sam 4 de março de 2009 às 13:57  

" Se dermos um passo em direcção ao amor, ele dará dois na nossa."
Sam, eminente filósfo Vareiro.

beijo tão doce em ti!!

susana 4 de março de 2009 às 14:45  

Olá a todos:) Cá vão os comentários:

Cãosarnento: eu percebo muito bem o que dizes. O que te posso dizer em relação à forma como eu sinto o mundo é que não é necessário olharmos para o céu, basta olharmos para nós. Tal como quando dizes que que se existissem os Deuses teriam que prestar muitas contas à humanidade eu sinto que somos nós Humanidade que tem que ajustar contas consigo mesma. Não podemos dizer que somos livres, que temos livre arbítrio e depois pôr a responsabilidade numa entidade qualquer, desresponsabilizando-nos. Todos nós alimentamos esta máquina, todos nós alimentamos este sistema. Ela começa cada vez mais a ruir e sinceramente espero realmente que ele colapse, para começarmos de novo. Responder-te a algumas questões teria ter-te de falar de muitas outras coisas em que acredito e que a mim me fazem sentido, mas prefiro guardá-las para mim. E para mim amor é criar, por isso também pode ser tecnologia, por exemplo. E sim, eu acredito que todos nós trazemos a divindade em nós e possuímos as ferramentas para tornar o mundo melhor. A grande maioria de nós prefere apenas viver uma vida adormecida, mas há quem faça a diferença. Quem ame de forma tão brutal que não tenha medo de trazer a mudança. Que não tenha receio de se dar na totalidade. E a humanidade avança.Mas existirão sempre inocentes a morrer por nós. Até percebermos que temos mesmo que mudar. E sinto que isso já esteve muito mais longe do que está hoje.
Um abraço muito grande para ti e obrigada pelos teus comentários sempre tão cuidados:) é um prazer receber-te aqui.

PedroBarata: volta, volta:)

Cor-do-Sol: na verdade eu não aredito em nenhuma religião. Bebo um pouco de ensinamentos e de formas de estar de várias. As igrejas foram feitas pelos homens e por isso estão susceptíveis a tudo o que de menos positivo ele carrega atrás de si. O budismo - dizia-me alguém- no outro dia ainda é algo que nunca provocou nenhum guerra e não implica nenhuma obrigatoriedade de não comunhão com outros pontos de vista. Sinto-me cada vez mais ligada ao budismo. Pelo tipo de ensinamento. Mas eu tenho a ilusão que sou livre e a nada me prendo. Vivo a religião do amor. E para mim tudo o que se faz com amor aproxima-nos de nós e do divino. Isso chega. Para mim.

Sam: sim senhor!!! Estou a ver que temos filósofo!:) Um biógrafo filósofo!:P Mas é mesmo isso... o amo retribuí-nos numa escala que nem sequer conseguimos imaginar!

Obrigada pelos comentários
su

Vício 4 de março de 2009 às 15:41  

comigo passa-se o mesmo! deus e amor para mim são criações em que toda a gente crê mas ninguém consegue provar a sua existencia!

Lita 4 de março de 2009 às 15:44  

Extraordinário!!!!
Identifiquei-me com cada palavra, com cada sentimento que descreves, com cada instante. A minha relação com Deus também é assim.
Beijos

aespumadosdias 4 de março de 2009 às 16:03  

Eu cá não acredito que ele exista.

Anónimo 4 de março de 2009 às 16:28  

Su
Disseste tudo o que eu gostava de dizer, mas por vezes queremos dizer amor e não nos chega a língua.
Penso exactamente do mesmo modo, com a diferença que tu estás na força da vida e ainda podes sonhar alto. Eu estou na fase decadente e já perdi muita da esperança e daquela vontade que temos de mudar o Mundo, quando temos vinte anos. São muitos anos de desilusão, muitos projectos que foram por água-a-baixo... o tempo da utopia já passou para mim. Mas continuo convencido que temos muito por fazer e que talvez seja necessário batermos no fundo, para voltarmos a construir tudo de novo.
Dizia-me ontem a minha miúda que tem um livro para mim (ainda não sei o título) em que se diz que há quem se dedique a puxar o fundo cada vez mais para baixo o que me parece uma grande verdade.
Os detentores dos poderes não estão muito interessados em acabar os problemas da humanidade. Pelo contrário: tentam nivelar tudo por baixo.
Talvez um dia lhe saia o tiro pela culatra...
Beijinhos e obrigado por teres tempo e pachorra para leres estes testamentos eheheh.

@martasta 4 de março de 2009 às 19:16  

que lindo!´

Pena que as pessoas confundam amor com dinheiro e Deus com tantas coisas materiais! A própria igreja também não ajuda!!!

Sê feliz e AMA, ama assim porque encontras a felicidade dentro de ti!

beijocaaaa

António Valério,sj 4 de março de 2009 às 21:18  

Que bonito Su! =) Tens a experiência e a percepção daquilo que Deus faz em cada um de nós. Cada vez que somos autênticos, grandes e plenos na nossa capacidade de amar, descobrimos o que temos em comum com a divindade. É um mistério que me ultrapassa infinitamente e, ao mesmo tempo, posso conhecer perfeitamente.

Houve um santo que disse um dia: A Glória de Deus é o Homem que vive. De facto, Deus está no máximo das nossas realizações e na extremidade mais poderosa, sonhadora e transformante das nossas inspirações e aspirações. A Vida à séria, assumindo tudo o que acontece, sem esquecer que somos luz e sombra, uma realidade difícil, mas a mais bela que temos.

Na minha VIda tenho descoberto também que o maior poder de Deus é o perdão, como Ele sempre compreende, acolhe e sustenta os meus limites e incoerências, mais que eu próprio. É força que me transforma e transforma o mundo. Senti mesmo muita sintonia nas tuas palavras... admiro-te* beijinhos! =)

Carla 4 de março de 2009 às 22:16  

Não me leves a mal , mas neste assunto prefiro apenas deixar-te um bj

NunoSioux 5 de março de 2009 às 19:12  

Já "falamos" sobre isto....

Sim já vi o Zeitgeist :)

Que aja muitos mais a amar "Deus" assim!

Big kiss

Desconhecida 5 de março de 2009 às 21:42  

Acredito que "o deus" está em nós, ou somos nós, é a força que cada um tem...nada mais (em minha opinião, claro)

beijinho

p.s. gostei da reflexão

Trintão 5 de março de 2009 às 23:08  

Acho que temos de procurar o bem/mal dentro de nós e não numa religião. Devemos agir de acordo com os nossos princípios...

zequinhas 6 de março de 2009 às 00:51  

olá Susana,
soube-me tão bem ler este texto, e fez-me realmente bem!

Fico feliz por chegar aqui, por vezes triste, e conseguir mudar de estado de espirito apenas com uma simples passagem de olhos pelo que escreves...

Caso não saibas passo cá todos os dias à procura de coisas novas, que possam sobretudo animar a minha vida, embora nem sempre deixe cá a minha marca.

Também acredito nessa relação com Deus, alias é isso mesmo que Lhe peço...

Veja a cada palavra tua, que tens muita garra, imenso potencial, e não pretendes desperdiçar.

Obrigada por este momento.

beijo*

André 6 de março de 2009 às 16:22  

Há muito que deixei de ter amigos imaginários!

Daniel C.da Silva 6 de março de 2009 às 16:48  

Olá

Foi bom descobrir o teu blogue :)Vou comentar so este post porque está mais à mão mas quero explorar o resto do blogue :)

Muita gente tem a ideia que tens, de Deus. Sem necessidade de intermediários, seja a Igreja, seja o que for. Eu tenho duas respostas: por definição, Des É Amor. Já o dizia São Paulo ou São João. Mas também dizia o proprio Cristo "Ninguém vai ao Pai senao por mim" numa alusão de ser Ele a segunda pessoa da santissima Trindade (Pai, Filho, Espirito Santo) embora sendo as três uma só. Da mesma maneira que um jogador é um cidadoa, pai, irmao, primo, atela, filho, etc etc.

A Igreja tem mais de 2000 anos e foi instituida por Cristo na Última Ceia (a Missa). O poder foi passado a Pedro (que se tornou assim o primeiro Papa) e deste aos apostolos até chegarmos ao Papa de hoje e aos padres de hoje. O poder traslatício, como se diz em História. A Igreja é o meio para nos levar a Deus. E como eu dizia no início, Deus é Amor. Podemos discordar de normas da Igreja, obviamente, se bem que Igreja é o Corpo de Deus, é o conjunto de crentes, o povo de Deus, podemos questiona-la em vários aspectos mas penso que também deve ser respeitada já que ela deriva directamente de Jesus Cristo, mesmo com máculos no passado como a Inquisiçao e outros, embora também se deva entender muitos dos erros à luz da época e não dos critérios de hoje.

Muita gente comunga da tua opinião, tipo um Deus "particular", aquele que eu sinto, um Deus cósmico, se quiseres, e isso é uma enorme tentação, de facto... mas penso que Deus é só um um (o politeísmo é anterior a Cristo e foi Ele que veio dizer que só existe um DEus, embora lhe possamos dar nomes diferentes).

Claro que depois nao podemos confundir religião com seitas, nem espiritualidade com ritualidade. mas pronto, foram apenas algumas considerações.

Deus é Amor e dessa maneira nao interessa a concepção que possamos ter d'Ele. Porque dessa forma também somos Amor...

Gostei do blogue...

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